Não acredito na vida que leva
Seja melhor daquela que tinha em seu lar
Agora passa o dia todo dormindo
Para a noite uns cruzeirinhos ganhar
Em pé na porta com sorriso até sem graça
Para quem passa em sua casa entrar
Tem que fazer tudo que o freguês quer
Noutras casas outras mulher
Também estão a esperar
Está aí porque da vida abusou
Seu lar não considerou
Nada mais posso fazer
Talvez um dia, depende só de você
Possa parar de comer
O pão que o diabo amassou
Sei que acorda e levanta de mau humor
Corpo indisposto da bebida que tomou
Mas o pior que quando chegar a noite
É outra noite igual a que passou
Disputando algo para chamar a atenção
Copo na mão de um freguês que já gastou
Mais uma noite desperdiçada na vida
Você que foi tão querida
De um só homem que te amou
Está aí porque da vida abusou
Seu lar não considerou
Nada mais posso fazer
Talvez um dia, depende só de você
Possa parar de comer
O pão que o diabo amassou