Eu nasci lá no sertão
No estado do Paraná
Na fazenda Barra Mansa
Minha história eu vou contá
Trabalhava de carreiro
Quatro boi bão pra puxá
Enchia o carro de cana
Deixava o carro cantá
Fui carreiro caprichoso
Meu patrão sempre falava
Que boiada igual a essa
Nunca mais eu encontrava
O Gigante e o Palácio
Que na frente caminhava
O Cidade e o Bordado
Que o cabeção puxava
Nesta vida de carreiro
Muitos anos trabalhei
Hoje estou velho cansado
Veja o que o destino fez
Minha boiada morreu
Que tanto gosto me deu
Hoje só resta a saudade
Dentro deste peito meu
Quem passá naquela estrada
Um ranchinho ainda vê
Com meu carro na varanda
Que dá pena até de vê
Deus está me acompanhando
Neste meu triste pená
Aqui vai a despedida
Do carreiro Paraná