Leôncio e Leonel Leôncio e Leonel - A Última Valsa

Nair saiu pelo mundo
Procurando seu amado
Que ela mesma por orgulho
Tinha um dia desprezado
Cansada e arrependida
Do seu erro praticado
Nair se atirou na lama
Pla estrada do pecado

Luiz também de desgosto
Se transformou num bandido
E numa noite bem longe
Num lugar desconhecido
Num combate com a polícia
Luiz escapou ferido
Se escondeu dentro de um baile
Da polícia perseguido

Pra despistar a polícia
Que vinha no rastro seu
Dançou com a primeira moça
Que na frente apareceu
Era Nair, sua amada
Mas ele não conheceu
Enquanto a orquestra num canto
Triste valsa assim gemeu

Naquela valsa chorosa
Rodaram pelo salão
E numa pausa da orquestra
Ela viu sangue em suas mão

Apavorada pensando
Ser um bandido ou um ladrão
Chamou depressa a polícia
Que lhe deu voz de prisão

Quando ela ouviu o seu nome
Chorando reconheceu
Que era aquele seu amado
Por quem tanto ela sofreu

Procurou pro mundo todo
Que triste destino seu
Estava com ele em seus braços
E para sempre perdeu

Quando a polícia saiu
Levando preso o rapaz
Aqueles gritos doídos
Foram ficando pra trás

De longe ainda se ouvia
De Nair seus tristes ais
Aquela última valsa
Separou pra nunca mais